A Secretaria da Fazenda de Pernambuco (Sefaz-PE) concluiu a primeira fase da operação "Pano pra Manga", visando combater a sonegação fiscal e a concorrência desleal no Polo de Confecções do Agreste. Entre as irregularidades encontradas, estavam produtos sem nota fiscal e subfaturamento na entrada de jeans no Estado. A iniciativa foi desenvolvida principalmente nos municípios de Caruaru, Santa Cruz do Capibaribe e Toritama, entre os meses de janeiro e abril deste ano.

Foram apreendidas mercadorias avaliadas em R$ 5,9 milhões, que estavam em depósitos clandestinos, desacompanhadas de nota fiscal, resultando em um crédito tributário de R$ 2 milhões ao Governo de Pernambuco. Também foram lavrados 24 autos de infração por subfaturamento na entrada de jeans, avaliados em aproximadamente R$ 2 milhões, com geração de crédito tributário de R$ 1 milhão.

A segunda fase da operação, já em andamento, consiste no aprofundamento das investigações na escrita fiscal e contábil das empresas que não concordaram com a regularização espontânea. A Sefaz-PE tem se reunido frequentemente com os empresários, a fim de estudar maneiras de alavancar o setor têxtil em Pernambuco.

"Queremos que o Estado seja produtor e tenha melhores condições de vender nos grandes polos, como em Toritama e Caruaru. Esse tipo de operação é importante também para combater ações que prejudicam a arrecadação", afirmou o gerente do Segmento de Tecidos e Confecções, Edson Siqueira.

As abordagens foram realizadas pela Gerência de Ações Fiscais Repressivas (GEAFIR) da II Região Fiscal - Caruaru, articulada com a Diretoria de Planejamento e Controle da Ação Fiscal - DCP (Gerência do Segmento de Tecidos) e contou com dez auditores e o apoio de quatro policiais militares.